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Classe. Um sinónimo ao alcance de todos e que tão poucos almejam ou ponderam almejar. Não Jonny. Não Joniesta. A alcunha não surge por acaso. Concentrado. Cerebral. Maestro. Jonny Williams tem a ousadia de crescer quando a bola está no seu pé. Ele. Com o seu metro e sessenta e oito. Tão pequeno e tão grande. O bom futebol tem de passar pelos seus pés. Deixe a frágil disponibilidade física de Joniesta. 

Substituiu Joe Ledley aos 63’. Gales não encontra maneira de furar, penetrar, a muralha verde. Zero a zero. O duelo é britânico e até é apitado por um inglês. Joga-se em Paris. No Parque dos Príncipes procura-se um Rei. Gales e Irlanda do Norte não saem do nulo. Meio campo amarrado. O músculo de Ledley dá lugar ao cérebro de Williams e tudo muda. A câmara estrangula o jogo com bola mas é sem ela que faz a diferença. A ironia. Ele que tão bem a trata. A entrada de Jonny Williams abre espaço a que Ramsey e Bale que desamarrem e o jogo muda. Que o diga McAuley. Lá de cima, vê o gigante, Ramsey abrir para Bale na esquerda e na ânsia de evitar que a bola chegue a Robson-Kanu, envia-a para a própria baliza. Gales estava na frente e o sonho irlandês, os do Norte, chegava ao fim. Williams não tem influência directa no golo e a câmara não o apanha na jogada. Não conta para a estatística mas houvesse quem notasse a sua importância no arrastar de marcações e abertura de espaço para as outras estrelas e talvez a Irlanda não tivesse sofrido o golo. Não naquele momento. Talvez noutro. Afinal, Williams, estava em campo.


Bem-vindo ao Mundo de Joniesta.

Engolido pelo físico do futebol britânico, Williams é peixe fora de água. O próprio corpo parece não querer ajudar. Em cinco épocas a nível sénior, desde que surge por Londres, em 2011/12, no Crystal Palace, Williams raramente passou vários meses sem lesões. Por tanto já passou em tão tenra idade. Joniesta ainda agora fez 22 anos. Parece que anda nisto há mais. Há muito que se fala dele. No Palace primo-divisionário não encontra espaço e o futebol do Ipswich também não ajuda. Do Ipswich… de quase todo o Championship. Williams é constantemente emprestado para os Tractor Boys e nem quando chega a Nottingham encontra um futebol que o agigante. Tudo mecânico. Tudo físico. Demasiada transição, para tanto cérebro. Até Don Andrés passaria despercebido. Em Milton Keynes encontra quem o compreende mas, sozinho, pouco pode fazer. Falta qualidade nos colegas e Joniesta não evita a queda dos Dons à League One. Quisesse Karl Robinson acompanhar Williams até Selhurst Park, quisesse o Palace que Karl Robinson acompanhasse Williams até Londres e o futuro de Jonny, pela capital, teria outro impacto. Não se prevê que assim seja com Pardew e, com isto, perde o Palace, perde Jonny e perde, especialmente, o futebol. Teme-se até pela carreira de Joniesta. Tanta classe. Tanto futebol. Inglaterra não o compreende. Queiram assumir o jogo e Jonny é o vosso homem. 

Ponto de viragem? Pardew sabe o que tem em mãos. Despediu-se de Williams desejando que Joniesta encontrasse a sua melhor forma. É um rapaz adorável. Popular. Por Selhurst Park todos o adoram e todos esperam pelo dia que Pardew lhe dê uma verdadeira oportunidade. É um homem da casa. Pardew que, contente, afirma ter visto o melhor de Williams na abertura do Europeu perante a Eslováquia. Desde que regressara a Selhurst Park que não havia visto Williams jogar daquela forma. Será desta, Jonny? O Wilshere galês. O Iniesta de Selhurst Park. Here’s Jonny, o futebol aguarda impacientemente.

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